- Fabiana Chagas
STORYTELLING: UMA GRANDE FERRAMENTA PARA A LIDERANÇA
Atualizado: 3 de jun. de 2020

Sabe o que os grandes líderes da história como Steve Jobs, Martin Luther King e Barack Obama têm em comum? Eles foram grandes contadores de histórias!
E é essa capacidade de contar boas histórias que separa um gestor do dia a dia de um líder. Por isso, aprender a utilizar as ferramentas do storytelling é absolutamente fundamental para todos os profissionais que desejam liderar e ter sucesso em suas carreiras.
O PODER DAS HISTÓRIAS
Desde os tempos mais remotos os seres humanos contam histórias como forma de transmitir conhecimento. Mais que isso, as histórias têm o poder de inspirar, de dar a direção e de engajar na construção de um novo futuro. Por isso, são elas que dão vida às ideias e que fazem as pessoas acreditarem e trabalharem para a sua concretização.
Segundo pesquisas ligadas ao campo da neurociência, o cérebro humano tem mais facilidade para reter histórias do que para reter dados. Por isso, contar histórias ativa emoções e influencia os processos cognitivos, permitindo cativar o público com muito mais facilidade.
O SEU PODER ESTÁ NAS HISTÓRIAS
Steve Jobs dizia que no mundo há muito espaço para más ideias, mas nenhum para histórias ruins. Uma ideia maravilhosa sem uma boa história, provavelmente será sempre apenas uma ideia. Sem a genialidade do storytelling do criador da Apple, é possível que a nosso desejo por possuir computadores pessoais e smartphones fosse totalmente diferente do que vivemos hoje.
E ainda falando dele, quem consegue esquecer o lendário discurso aos formandos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos? Na ocasião, Jobs falou de sua vida, de sua opção por não cursar uma faculdade e deu alguns conselhos aos estudantes. Seu discurso ficou famoso e repercute até hoje, sendo volta e meia republicado e lembrado.
A verdade é que vivemos em um mundo completamente dominado por histórias e somos alvo permanente dos mais diferentes tipos de narrativas, seja para estimular nosso consumo ou para sermos convencidos a fazer uma viagem no final de semana. Não é à toa que cada dia mais empresas estão recorrendo ao poder das histórias para engajar seus públicos, como Airbnb no criativo “Belong Anywhere” e a O Boticário no Dia dxs Namoradxs, para citar alguns dos exemplos.
A boa notícia é que assim como as marcas e os grandes líderes, todos nós também temos a capacidade de fazer isso, só precisamos parar e refletir um pouco sobre as estruturas das narrativas e, principalmente, como compreender o outro.
A chave está aí: focar o nosso olhar para as necessidades e desejos de nossas equipes, clientes e consumidores.
POR ONDE COMEÇAR
Separei alguns passos para ajuda-lo a aprimorar essa habilidade:
1.Reconheça que você não é o protagonista da história
Seu papel como líder é fazer com que seus colaboradores sejam os protagonistas e sintam que podem fazer parte da jornada que você está propondo, conquistando os objetivos que realmente façam sentido dentro da rotina de cada um deles.
E onde você fica nessa história? Fácil, você se tornará o mentor, aquele que viabiliza os sonhos dos que o cercam, sendo fonte de conhecimento e inspiração.
Esse é o maior papel que o líder pode tomar, abandonando o posto de protagonista de todas as histórias que conta para se tornar um caminho que leva aqueles que estão com ele a lugares desconhecidos.
2. Construa um conflito/desafio a ser superado
Lembre-se que toda boa história só é realmente boa e interessante se houver um conflito, ou seja, um desafio a ser enfrentado. Por isso, o ideal é transformar um problema ou obstáculo organizacional em um conflito intrigante para a sua equipe.
Quando falamos sobre esse “conflito” e mostramos ao nosso time os recursos internos e externos que eles têm para superar isso, damos um passo importantíssimo: realmente colocamos o foco no outro e transformamos o colaborador em protagonista dessa história, permitindo-o experimentar o que está sendo proposto.
3. Construa essa história junto com o seu time
Você não precisa escrever essa história sozinho. Você pode – e deve – convidar seu time para refletir, estruturar e adaptar essa narrativa com você, escutando o que as pessoas pensam sobre o desafio, entendendo quais são os recursos e obstáculos que eles visualizam e escrevendo juntos como será possível solucionar o conflito proposto até chegar à transformação desejada.
Convide-os também a recontar essa história para toda a organização, dando a chance para que cada um encontre sua própria voz, gerando narrativas que realmente conectem os colaboradores ao movimento de evolução.
Fazendo isso, você perceberá como o seu poder de comunicação aumentará de forma extraordinária e poderá inspirar cada membro do seu time a seguir pelas jornadas de transformação que a sua organização tem pela frente.